//SANEAMENTO BÁSICO// Água chega a 76,7% dos serranos e coleta de esgoto a 64,4%



Em Serra Negra, dos 30.403 moradores registrados no censo do IBGE de 2023,  23,3%, ou 7.046 pessoas, não tinham acesso à água, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), que mostrou também que 35,6% da população, o equivalente a 10.741 pessoas, vivia sem a coleta de esgoto. O serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto no município é de responsabilidade da Sabesp, recentemente privatizada pelo governador Tarcísio de Freitas.

Os números constam do Painel Saneamento Brasil, iniciativa do Instituto Trata Brasil (ITB), que nasceu com o intuito de levar mais informações aos brasileiros para que tenham acesso à situação do saneamento nas cidades onde moram e verifiquem se possuem o atendimento apropriado em relação a esse serviço.

O portal disponibiliza informações sobre saneamento básico, mas também mostra os impactos sociais, econômicos e ambientais da falta desse serviço, bem como os benefícios quando eles chegam de forma apropriada. Permite que o cidadão tenha acesso fácil aos dados de diferentes localidades, desde municípios, Estados e Regiões Metropolitanas e também compare localidades e indicadores de saneamento ligados à saúde e renda, educação, valorização imobiliária e impactos ao turismo, entre outros.

A falta de acesso à água potável e de coleta de esgoto, em Serra Negra, segundo o Painel Saneamento Brasil, está acima da média brasileira, que é de 16,9% e 44,8%, respectivamente. Também está bem acima da média do Estado de São Paulo, com 10% de falta de acesso à água e 8,5% à coleta de esgoto.

Entre as cidades do Circuito das Águas Paulista, Água de Lindoia apresenta números excelentes, com apenas 0,6% da população sem acesso à água e 0,9% sem acesso à coleta de esgoto.

Jaguariúna e Pedreira também são destaques na região: Jaguariúna tem 2,9% da população sem acesso à água e 100% com coleta de esgoto; Pedreira tem apenas 1% da população sem acesso à água e 1,8% sem coleta de esgoto.

No polo oposto, Socorro apresenta os piores indicadores: 38,9% dos moradores não têm acesso à água e 45,9% não têm esgoto. Amparo mostra números um pouco melhores que Serra Negra: 21,3% sem acesso à água e 25,2% sem acesso à coleta de esgoto.

Campinas é destaque entre
municípios mais populosos

De acordo com o Ranking do Saneamento 2025, elaborado pelo ITB, apenas 12 municípios brasileiros, dentre os mais populosos, investem acima da média considerada necessária para a universalização dos serviços. Campinas é o primeiro colocado, seguido por Limeira e Niterói. 

Somente cinco capitais apresentam ao menos 80% de tratamento de esgoto: Curitiba, Brasília, Boa Vista, Rio de Janeiro e Salvador.

O Painel do Saneamento pode ser acessado em 

https://www.painelsaneamento.org.br/

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