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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi violentamente constrangida em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.
Com o covarde Marcos Rogério (PL-RO) à frente, os machões avançaram sobre a frágil figura física da ministra por preconceito, misoginia e atraso intelectual, filosófico e científico.
Exemplos de estupidez não faltaram. Plínio Valério, líder do PSDB no Senado, que um dia disse querer “enforcar” Marina, afirmou que “a mulher merece respeito, mas a ministra não”.
Marina foi embora. “Me senti agredida, mas saio fortalecida”, afirmou. Quando ela saía, Rogério ratificou as ameaças dizendo que Marina, que estava ali como convidada, agora pode ser convocada.
“Continuo aberta ao debate, mas não ao constrangimento, nem aceito ser desrespeitada fazendo meu trabalho”, reagiu Marina.
Os críticos da ministra são atrasados, não têm inteligência para entender a importância da proteção ambiental para todos, inclusive para os produtores. Quanto menos se protege, mais gastam por causa de secas e enchentes provocadas pela mudança climática.
Chama atenção, porém, o vazio na defesa da ministra. Na audiência, ninguém se manifestou para protegê-la. Após o episódio, as ministras rapidamente se solidarizaram e cobraram punição aos valentões, mas os ministros e líderes homens, com exceção de Fernando Haddad, levaram horas para se manifestar. Vários ainda nem o fizeram. O presidente do Senado assumiu que não vai se manifestar.
A inação também é uma poderosa mensagem.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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