- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
A minha geração não teve aulas sobre o golpe militar de 1964. Não se trata apenas de censura imposta pelo regime, que de fato existiu. A grade curricular do ensino brasileiro não tem espaço para contar com precisão a história recente ou contemporânea do País.
Portanto, há um grande número de brasileiros que não conhece com alguma profundidade a história de Lula, o maior líder político do País.
Eleito presidente pela primeira vez em 2002, Lula então era muito conhecido porque disputara as três eleições anteriores. Sua luta sindical e a defesa dos interesses dos trabalhadores, sua capacidade de articulação e de transformação da vida de milhões de pessoas era valorizada por muitos e criticada por alguns, mas todos a conheciam.
Mas Lula deixou o poder em 2010. Longe do Planalto, foi alvo de perseguição, vítima de manobras jurídicas ilegais e acabou preso por mais de 500 dias, o que influencia o julgamento de quem não sabe detalhes da trama e da trajetória do sindicalista – milhões deles nunca passaram nem perto de um sindicato.
As meninas e meninos que estão no mercado de trabalho, os “empreendedores”, os moleques da Faria Lima, de 20 a 35 ou 40 anos de idade, não sabem quem foi Lula, não conhecem sua história, seu valor e sua contribuição fundamental para a democracia brasileira e para o padrão de vida que hoje essa gente tem.
Alguns desses moleques só têm o emprego e só fizeram alguma faculdade porque Lula existe, mas eles não sabem disso.
Além de divulgar e valorizar as entregas que o governo tem feito, a campanha de comunicação do PT deveria relembrar a história de lutas de Lula. Meninos e meninas ficariam chocados com sua própria ignorância.
---------------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.