//CIDADE// Comerciante coloca cartaz para "ajudar" placa de sinalização



Flávio Padula, comerciante da Praça do Caldo de Cana, ao lado da Praça Sesquicentenário, decidiu sinalizar por conta própria a proibição de conversão da Avenida 23 de Setembro para a Rua Pedro Edson Pinheiro. Como os motoristas têm desrespeitado a placa e os tapumes instalados no local pela prefeitura para indicar a proibição da conversão, o comerciante colocou um cartaz com a inscrição “contra mão”. 

Nas redes sociais, Padula explica sua decisão: “Bom, não gostei dessa rua virar mão única, até porque o movimento no meu ponto diminuiu muito, mas como o povo não sabe ler os símbolos das placas e estava correndo o risco de ter acidente devido os motoristas entrarem na contra mão, resolvi ajudar a prefeitura e escrevi essa placa informando ser contramão”. 

A iniciativa, ele avalia, deu resultado. “Até porque o povo é curioso e resolve ler o que está escrito”, explicou. O desrespeito à sinalização, em parte, na sua opinião, é devido à desatenção de motoristas habituados a fazer a conversão, entre os quais turistas que frequentam a cidade. Mas a maioria dos motoristas que desrespeitam a sinalização, Padula acredita,  o fazem como forma de protesto por discordar da alteração feita pela prefeitura.

Moradores e em especial comerciantes que como ele sentiram um impacto negativo nos negócios com a queda do movimento e das vendas ainda esperam que o prefeito Elmir Chedid volte atrás na sua decisão de alterar a mão de direção da Rua Pedro Edson Ribeiro.

Um abaixo-assinado de moradores e comerciantes contra a mudança deverá ser protocolado nesta segunda-feira, 14 de abril, na prefeitura.  A expectativa, no entanto, informa Padula, ainda é a de que o prefeito realize uma reunião com os moradores e comerciantes da região. “Seria bom uma reunião com moradores das ruas 23 de Setembro e da Juca Pedro que tiveram um aumento do movimento de carros e essa que caiu muito”, afirmou.

Os comerciantes querem saber se a prefeitura tem um estudo sobre o impacto da mudança no trânsito e nos negócios dos estabelecimentos comerciais instalados naquela área. “Essa rua que ficou mão única não funciona para o comércio. Para mim, ficou ruim, pessoal não tem onde parar e fica difícil. Do jeito que está não funciona bem”, acrescentou.



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