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Algumas horas após a apresentação da denúncia da PGR contra os golpistas liderados pelo miliciano, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, quebrou o sigilo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, abrindo uma avalanche de relatos.
A delação reforça que a quadrilha não queria continuar no poder por causa da ideologia ou qualquer coisa parecida. Queria manter a mão grande.
Aquela história de família, pátria, Deus e o escambau era apenas para manter a fidelidade da boiada. Queriam mesmo era a grana.
Numa audiência com Moraes, em julho de 2023, Cid reconheceu ter dito, conforme vazado pela imprensa dias antes, que “ninguém perdeu a carreira, ninguém perdeu a vida financeira como eu perdi”. “O presidente teve Pix de milhões, ficou milionário”, confessou.
O Coaf confirmou que o miliciano recebeu R$ 17,2 milhões em apenas seis meses.
Não constam da contabilidade, porém, operações feitas por baixo do pano. Louco por dinheiro, Bolsonaro roubou as joias que a Presidência da República ganhou de presente e mandou Cid e seu pai vendê-las. A operação lhe rendeu US$ 86 mil, ou meio milhão de reais.
Na delação, aparentemente, Cid cometeu um equívoco. Ao lembrar que recebeu ordens para mandar seguir Alexandre de Moraes, comentou que “às vezes o presidente aloprava”. Às vezes?
A cadeia é logo ali.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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