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Além da venda de desinformação, a extrema-direita vê na criptomoeda uma inesgotável fonte de roubalheira. Entre a vitória e a posse, Donald Trump criou seu próprio cripto, meio usado por bandidos do mundo inteiro por não ser rastreável.
O presidente da Argentina, Javier Milei (foto), que se acha uma cópia de Trump, segue o rastro, mas pode se dar muito mal.
O economista Claudio Lozano, do partido Unidade Popular, acusa Milei de integrar uma “associação ilícita” que cometeu uma “megafraude”.
A Justiça vai investigar o caso, com digitais do extremista em crimes e favorecimentos. Milei ainda pode sofrer processo de impeachment num Congresso no qual não tem maioria. A Bolsa de Buenos Aires despenca.
Na tarde da sexta-feira ((14), o esquisito extremista postou nas redes sociais uma manifestação de endosso a uma criptomoeda chamada $LIBRA. Apagou 4 horas depois.
Por causa do endosso, o preço da unidade do token disparou de US$ 0,12 para US$ 4,56, para depois despencar. Em cinco horas, a cotação de US$ 4,5 bilhões caiu 93%, para US$ 300 milhões, deixando milhares de pessoas com o prejuízo.
A imprensa argentina apurou que apenas quatro carteiras digitais detinham 80% das unidades do ativo, indicando favorecimento. Além disso, o site do cripto foi criado no dia do anúncio. Trata-se de um golpe chamado rug pull, que permite um grande lucro nessa jogada de elevar a cotação e rapidamente despencá-la.
Para piorar, a $LIBRA foi criada pelo empresário americano Hayden Mark Davis, que em vídeo postado dois dias depois confirmou ser assessor de Milei.
Já, já vamos ter sinais da gangue nacional e seus criptos.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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