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Falando aos ricos e poderosos que anualmente se reúnem em Davos para ver como ficarão ainda mais ricos e poderosos, Donald Trump foi taxativo: vai “exigir” que o Fed, o banco central dos EUA, reduza os juros imediatamente.
O mercado financeiro adorou, resultando em novo recuo do dólar no mundo, incluindo o Brasil.
O episódio ilustra como os magnatas do capital internacional trabalham para blindar a extrema-direita e aviltar gestões de centro-esquerda.
Por muito menos, por se queixar da taxa exorbitante, indecente, que o nosso Banco Central estabeleceu, o presidente Lula foi execrado, o dólar disparou e a Bolsa despencou.
Até hoje escandalosos operadores falam em quebra de confiança sob a falsa alegação de que o governo brasileiro não segue a cartilha do mercado.
Nesta quinta-feira (23), ao mesmo tempo em que os donos do dinheiro festejavam o fim da independência do banco central americano – é disso que se trata quando o presidente do país “exige” a queda dos juros –, por aqui os “investidores” se queixavam da suposta “interferência” do governo para forçar a queda do preço dos alimentos.
Enquanto Trump arrotava para Davos, os especuladores diziam que Lula vai usar o Orçamento para subsidiar o arroz e feijão, vai elevar a importação de comida, vai fazer o diabo. Ainda assim o dólar caiu, embora tenha desacelerado a queda, e a Bolsa ruiu mais 0,40%.
Esses dois pesos e duas medidas explicitam a jogatina global em favor de forças da direita do espectro político para se perpetuarem e elevarem ao infinito a diferença entre ricos e pobres.
A quinta foi terrível também para os golpistas. Eles pregaram boicote ao filme “Ainda estou aqui”, que bateu recordes de bilheteria e acaba indicado ao Oscar de melhor filme, melhor filme estrangeiro e melhor atriz (Fernanda Montenegro). Para completar a desgraça, o Oscar não tem voto impresso, é tudo eletrônico e auditável.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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