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Após longo período de silêncio, por absoluto constrangimento, revelador de sua incompetência, o governador Tarcísio de Freitas aproveitou a ida a Brasília para reconhecer que estava enganado sobre sua contrariedade ao uso de câmeras corporais pela PM.
Já foram várias mudanças de posicionamento de Tarcísio, e provavelmente não será a última. Sinal de que seu discurso na campanha era eleitoreiro e que ele segue as ondas, sem nenhuma convicção. Gente assim é sempre um perigo.
Para seus eleitores, porém, Tarcísio pode parecer uma fraude. Vendeu uma imagem de governo, mas diante de tantas mudanças pode estar entregando outra coisa.
Sua nova conclusão sobre as câmeras, que agora ele entende como proteção da sociedade, significa que Tarcísio está perdido numa grave crise na segurança pública. Já são 46 PMs afastados e dois presos pela Justiça em 30 dias.
Essa crise de barbárie, planejada por ele, sensibiliza parte da classe média e da imprensa e o faz mudar. Mas seu eleitor é capaz de dizer que Tarcísio muda para pior. Os extremistas e conservadores que votaram no mais danoso governador da história de São Paulo aplaudem os massacres da PM, até que virem vítimas.
Mesmo que esteja apenas jogando para uma plateia mais aflita, além da metamorfose ambulante, Tarcísio corre o risco de ser visto como traidor, uma fraude eleitoral.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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