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Muita gente quer saber a real sobre essa alta do dólar que assusta e prova terrorismo de agentes financeiros com largo espaço nas mídias.
Jornalistas costumam viver em ondas vegetativas e os que cobrem o setor financeiro, então, são os maiores exemplos de Maria vai com as outras. Têm medo de contrariar analistas do mercado e perder a fonte. Embarcam em todas as canoas furadas.
São raros os que pensam sobre o que ouvem e chegam a suas próprias conclusões. Até porque, nem todos têm conhecimento técnico e experiência para ter suas próprias conclusões.
O que tem ocorrido no Brasil, na verdade, ninguém sabe explicar ao certo. Nem os operadores de mercado nem os empresários do setor, muito menos os jornalistas.
Para muitos economistas, a alta do dólar desse tamanho é “injustificável”. Por mais que enxerguem erros e demora do governo no pacote fiscal, não veem explicação para o que ocorre no câmbio.
Para o presidente da Bolsa, Gilson Finkelsztain, há uma reação exagerada, descolada dos fundamentos da economia.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, evitar falar em “ataque especulativo”, o que parece ser, mas reconhece que estamos num “terreno movediço de irracionalidade”.
É normal em dezembro grandes empresas remeterem dinheiro para o exterior, para pagar dividendos e faturar os lucros do ano. Para isso, precisam comprar dólares no mercado, o que eleva a cotação. Mas a saída tem sido muito maior do que o tradicional e acima do esperado.
Uma hipótese para isso é que a economia cresceu mais do que o esperado e as empresas auferiram resultados melhores, ampliando a demanda por dólares. Além disso, há quem diga que as empresas estão se antecipando a um possível aumento de impostos sobre dividendos.
Como ninguém sabe ao certo o que está acontecendo, é mais fácil dizer que a culpa é do governo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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