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“A Alemanha é a potência que é hoje graças a Hitler. Era ditador, sim, mas conquistou o que conquistou graças às estratégias e à inteligência. Eu queria ser um terço daquele líder.”
A afirmação foi feita pelo secretário de Segurança e Defesa Social de Campo Grande (MS), Anderson Assis (foto), em reunião com servidores no começo do ano. A gravação veio a público agora.
É mais um exemplo de como a ignorância é perigosa. O sujeito ouviu o galo cantar, mas não sabe onde. Se ele visse o que era a Alemanha no final do período nazista, se tivesse aprendido direito o processo histórico, se entendesse o tamanho da barbárie, não seria tão estúpido.
O tal secretário não é o único responsável. Pior é quem o colocou no cargo, numa capital de Estado. E pior ainda é quem normaliza esse tipo de pensamento, o que tem sido frequente no Brasil e no mundo.
Essa normalização é um risco para a democracia e para a segurança da população. É graças a essa ignorância, que dá poderes a quem não o tem, que gente como o menino Ryan da Silva Santos, de apenas 4 anos, morre baleado por tiros de policiais militares.
Esses fardados, como o secretário Anderson e o soldado que atirou em Ryan, em Santos, são fruto da exploração da ignorância pela extrema-direita para se colocar no poder.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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Pior! Não é um caso isolado. Pelo contrário.
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