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Nesse período macabro de tentativas de golpe de Estado meio tabajara, muito tem se falado sobre a necessidade de adequação do currículo acadêmico na formação militar no Brasil. A ideia é formar soldados profissionais, e não políticos ditatoriais fardados.
É pra lá de urgente fazer essa mudança e aproveitar o bonde para mudar a formação acadêmica também dos administradores de empresa e economistas. Com todo o respeito, esses cursos têm criado apenas ostras para trabalhar no mercado financeiro.
Claro que sempre há exceções, mas a visão de mundo dessa gente não vai além dos cifrões e o lucro serve apenas para consumo banal. São um bando direitista, conservador e, acima de tudo, bandido por especular com o câmbio.
Nesta quarta-feira (27), o mercado financeiro acordou com a informação de que o pacote de medidas de corte de gastos poderia ser anunciado. No começo da tarde, vazou a notícia de que o pacote incluiria a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos.
Criou-se um Deus nos acuda. A já tradicional especulação cambial, que é um crime porque pune principalmente os mais pobres, ganhou força para levar o dólar ao final do dia à maior cotação da história.
Os moleques do mercado não faziam a menor ideia do que estaria por vir, mas entraram na manada. A maioria porque não tem formação política, humana ou histórica para interpretar conjunturas. O único modelo dessa boiada é a planilha.
O pacote, por definição, é um conjunto de medidas, no qual foi incluída a justa isenção do Imposto de Renda para mais 16 milhões de brasileiros. Ninguém quis saber das compensações, nem do fato de que a mudança depende de aprovação do Congresso e que ainda leva tempo. Os moleques aceleraram a especulação.
São idiotas ou venais. Ou ambos.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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