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Para alguns inocentes, sempre soou um exagero esquerdopata a relação do bolsonarismo com as milícias do Rio de Janeiro. Parecia, para esses crentes, tratar-se de método pouco crível de fazer política, ou uma tentativa de desprezar o avanço de um grupo político.
Pois o relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil reforça a tese de uso de táticas do crime organizado. Não só, mas também pelo plano de assassinar autoridades.
Até o jornal Valor Econômico, tradicional porta-voz dos interesses do mercado financeiro, conclui que há paralelos assustadores entre a ação de militares e do crime organizado.
Conforme o jornal, ao comparar o cerco que os militares fizeram dos alvos e aquele dos assassinos de Merielle Franco e Anderson Gomes, a PF mostra o trânsito dos mesmos métodos utilizados entre o crime organizado e o golpismo.
Não se trata apenas de transferência de tecnologia, acrescenta. A presença do general Walter Braga Netto nos dois episódios sugere uma contaminação.
Pois é, Braga Netto sempre esteve à frente de todas as suposições de envolvimento com o crime organizado, que no Rio de Janeiro atende pelo nome de milícia e pela qual o então deputado Jair Bolsonaro fez pedidos de condecoração para a qual apresentou pedidos de ajuda.
Para quem não se lembra, o golpista Braga Netto era o interventor federal militar na segurança pública do Rio de Janeiro e prometeu entregar toda a apuração do assassinato de Merielle. Nunca mais falou disso e conseguiu os melhores empregos no governo do miliciano.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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