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Não é a primeira vez que tratamos desse assunto, e muito provavelmente não será a última, dada sua importância para a democracia e a economia, para nosso cotidiano.
Entramos na reta final da eleição presidencial nos EUA sem ter a menor convicção de quem vencerá, o que já diz muito de grande parcela da sociedade norte-americana. Imaginar voto em Donald Trump ajuda a explicar muita coisa do que eles sempre fizeram e o tamanho de sua misoginia.
Mas é a realidade, e é com ela que temos de conviver, remediando os estragos possíveis.
A eventual vitória de Trump pode causar um estrago global. Aqui no Brasil, tende a elevar ainda mais o dólar, pressionando a inflação e sustentando a indicação de juros muito mais altos ainda.
Mas não é apenas a questão econômica que aflige parte do mundo. Trump na Casa Branca altera o cenário político em vários países, pela influência na extrema-direita. É a democracia que está em jogo, o que também altera a economia.
É preciso lembrar que a plataforma de Trump pressupõe uma guinada autoritária e o ataque a leis, de forma a lhe dar poder autocrático e impor suas vontades.
Não temos como evitar uma possível catástrofe desse tamanho, mas podemos nos resguardar dos efeitos colaterais fortalecendo a democracia e adotando medidas econômicas de contenção de danos.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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