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O prefeito reeleito em São Paulo atribuiu sua vitória ao governador Tarcísio de Freitas.
De fato, é do governador a atitude mais questionável, para dizer o mínimo, de todo o processo eleitoral, comprometendo qualquer outra análise sobre o resultado.
Na manhã de domingo, quando as urnas mal tinham sido abertas, ele declarou que supostas apurações da polícia sob seu controle revelavam que o PCC indicava o voto em Guilherme Boulos, mesmo que todo mundo saiba do envolvimento do prefeito e sua gangue de apoio com o crime organizado.
Tarcísio cometeu um crime, o que não é novidade na extrema-direita, brasileira ou global. Pode ter contribuído para o resultado ou não, isso não importa. O que interessa é a revelação do modus operandi. Se fez isso publicamente, imagine-se o que não andou fazendo intramuros.
Na verdade, a maior autoridade do Estado cometeu vários crimes numa declaração só. Em vez de combatê-lo, o fortaleceu.
O pior é que isso não vai dar em nada. Ele poderá ser o candidato do conservadorismo liberal (só o Brasil consegue ter essa incoerência) em 2026, representando o setor financeiro, o poder do dinheiro contra o interesse das massas.
Qualquer análise do resultado da eleição fica comprometida pela ação criminosa de Tarcísio de Freitas.
Muitas outras mentiras foram levantadas na campanha em todo o País, principalmente em São Paulo, maior colégio eleitoral e vitrine política, acendendo o alerta para o que virá em 2026.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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