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É preciso dar um enorme desconto nas análises sobre derrotas e vitórias ideológicas nas eleições municipais. O pleito foi marcado por interesses específicos e, principalmente, pelo poder da grana das emendas parlamentares.
Essas emendas viraram um grande negócio para prefeitos e para os parlamentares, e todos ganham muito dinheiro com elas.
Segundo levantamento do jornal O Globo, prefeitos têm recorrido a consultorias privadas para liberar o dinheiro das emendas.
Essas consultorias foram abertas por assessores de deputados e senadores e atuam diretamente nos gabinetes.
Existem pelo menos dez empresas dessas, que ganharam no mínimo R$ 17,5 milhões fazendo esse “agenciamento”. Muitas outras operações desse tipo foram feitas sem registros ou fora dos olhos do sistema de monitoramento e controle dos tribunais de contas.
Essa montanha de dinheiro das emendas virou uma indústria que ajuda a explicar muitos movimentos políticos e resultados eleitorais. Por isso o ministro Flávio Dino quer que o STF analise o assunto, para colocar um freio nessa roubalheira.
Enquanto isso, as senhorias da Câmara derrubam a proposta de taxar grandes fortunas. Devem legislar em causa própria. O deputado Gilson Marques, do Novo de Santa Catarina, claro, teve a cara de pau de dizer que com o imposto de 0,5% a 1,5% ao ano “os ricos vão tirar o dinheiro do Brasil”.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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