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Dados macroeconômicos indicam que o brasileiro vive uma espécie de euforia econômica, com renda em alta, o mais elevado índice de emprego, maior acesso ao crédito e um consumo em expansão a ponto de assustar o Banco Central, preocupado com o excesso de demanda que eleve a inflação.
Pois ainda assim, ou talvez por isso mesmo, o nível de inadimplência das famílias se mantém elevado. Os 5,5% atuais representam um total de calote maior do que os 5% de antes da pandemia.
Esses dados preocupam o sistema bancário e o governo. Uma das razões da bagunça no orçamento doméstico é a pandemia das apostas. Por isso, o presidente Lula ameaça acabar com as bets.
Ele disse que se a regulamentação das empresas de apostas não der os resultados esperados, vai proibir o serviço. “Se a regulação não der conta, eu acabo. Que fique claro. Você não tem controle do povo mais humilde, de criança com celular fazendo aposta. Nós não queremos isso”, afirmou.
Num primeiro passo para tentar evitar que o dinheiro da baixa renda inunde o mercado de apostas, o governo decidiu proibir o uso do cartão do Bolsa Família para pagamento das bets.
Uma sociedade feliz e satisfeita com o governo passa também pela ordenação do seu orçamento doméstico. Lula sabe disso, que as famílias precisam consumir, mas sem perder o sono.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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