//FERNANDO PESCIOTTA// Fakes e falsidades



Tem sido recorrente a alegação de desconfiança com o equilíbrio fiscal por parte de agentes do mercado financeiro. A Bolsa cai por causa dos gastos do governo. Se o Corinthians perde, é porque os gastos do governo estão incompatíveis com a receita.

Além de cortes de custos anunciados nos últimos meses, a arrecadação de impostos e contribuições cresce, contrariando projeções do mercado financeiro. Em setembro, foi 11,61% maior do que em igual período do ano passado, indo a R$ 203,169 bilhões.

Esse valor é o maior para o mês na série histórica iniciada em 1995. Com isso, o acumulado do ano foi a R$ 1,9 trilhão, outro recorde histórico, ou 9,68% mais do que em nove meses de 2023.

Para a Receita, o resultado se explica pelo forte ritmo da atividade econômica, o que também contraria a vontade do mercado, e pela série de medidas adotadas pelo governo, como a volta do PIS/Cofins sobre combustíveis e tributação dos fundos exclusivos, por exemplo.

O problema é que boa parte dos “agentes” do mercado financeiro vive na bolha de enganadores que ilustram o cenário político da extrema-direita. São partidários de gente como Fred Rodrigues, candidato do PL em Goiânia, que diz ter um diploma de advogado que a PUC nega, esclarecendo que ele nunca concluiu o curso.

Ou de gente como André Fernandes, também do PL, claro, de Fortaleza, que disse um bom e sonoro “dane-se” para a quantidade de mulheres mortas por feminicídio.

Esses caras do mercado também devem ter adorado a falsidade que marcou o encontro do coiso com o coisa ruim para dar “apoio” ao prefeito de São Paulo. Quanta hipocrisia!

-----------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



Comentários