//FERNANDO PESCIOTTA// Eleição marcada por compra de votos



O idiota movimento contra a política patrocinado pela extrema-direita tem provocado um efeito catastrófico no ecossistema político global, especialmente no Brasil, onde há maior concentração de pessoas com dinheiro, mas instrução básica medíocre.

A criminalização da política e consequentemente de seus principais atores afasta gente com perfil que poderia qualificar os debates e o desempenho do Legislativo e do Executivo, dois Poderes com quadro elegível.

Como se aprende em qualquer escola de comunicação, não existe espaço vazio, e ele está sendo ocupado por marginais. Uma coisa acaba levando à outra. Quanto mais bandido no Congresso, maior o apelo contra a política, ou o “sistema”, como dizem alguns boçais negacionistas até na política do tipo Nikolas.

O resultado é que a eleição municipal deste ano está sendo marcada por ilegalidades como um absurdo volume de caixa dois, compra de votos e invasão de representantes do crime organizado.

Essa conclusão é de dirigentes de partidos de todos os espectros ideológicos e até de legendas sem ideologia nenhuma.

O que facilita a ação desses criminosos é a fartura de recursos públicos sendo usados sem prestação de contas. São muitos bilhões de reais no financiamento de campanha eleitoral e outros muitos bilhões em emendas parlamentares que foram usadas à fartura na compra de votos.

Mais uma vez, é preciso dizer que cabe ao eleitor de bom juízo fazer as escolhas certas. Já passou da hora de dar qualidade aos legislativos, sob pena de um fracasso total da política que nos levará ao caos total. Sim, tudo que está ruim pode piorar.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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