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Esta terça-feira (3) foi um dia ruim para os pessimistas, para a oposição ao governo Lula e para a Faria Lima. O 12% trimestre seguido de crescimento do PIB foi marcado pela volta do investimento e um avanço bem acima do projetado pelos tais economistas do mercado financeiro.
O crescimento do segundo trimestre ficou em 1,4%, o segundo maior para o período entre os países emergentes, enquanto os entendidos apontavam para uma mediana de 0,9%. Um analista chegou a comentar que o crescimento é recorde “e nem sabemos o por quê”.
Talvez seja porque a mídia não dá atenção ao que acontece nos mercados, se limitando a reproduzir fofocas e intrigas. Um exemplo é que o investimento chinês no País cresceu 33% no ano passado e pouca gente sabe disso.
Além do avanço do PIB em si, puxado também pelo consumo, o IBGE inclui más notícias para os críticos de plantão como o fato de o investimento produtivo ter avançado 2,1% e a indústria, 1,8%.
São dados sustentados pela política fiscal e que projetam crescimentos robustos por algum tempo, a ponto de os próprios analistas do mercado reavaliarem a perspectiva de avanço do PIB para 3% neste ano, alta de meio ponto porcentual, o que, estatisticamente, em se tratando de PIB, é muita coisa.
Essa projeção de crescimento econômico é um dos parâmetros do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central com expectativas de economistas dos bancos. Em geral, está sempre errada e vai se ajustando conforme se aproxima o final do ano.
O problema é que o resultado do PIB, o quinto melhor mundo e maior do que o da China, se junta ao desemprego no menor nível em uma década e ao aumento da renda para reforçar os ultrapassados a quererem aumento dos juros.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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