//FERNANDO PESCIOTTA// Crime ambiental e os juros



Quase todos os dias se vê notícia de ação predatória contra o meio ambiente. O negacionismo climático governou o Brasil por quatro anos, provocando a intensificação do desastre.

Ações empresariais duvidando dos efeitos da mudança climática pautam investimentos em áreas de floresta, dragas gigantes do garimpo ilegal invadem e matam rios amazônicos, a emissão de gases de efeito estufa é sem fim. Pastos tomam áreas de floresta, incêndios são tocados por toda parte.

A sociedade brasileira tem enorme parcela de culpa na catástrofe que coloca fogo no País, a ponto de alguns ainda assim dizerem que passamos apenas por um período cíclico.

É para essa ferida que a ministra Marina Silva apontou em entrevista que repercute como se ela fosse o demônio. Marina está certa, por todas as iniciativas apontadas na abertura deste texto. Enorme parcela de culpa pelo que estamos vivendo é da sociedade brasileira.

Assim como o ministro Fernando Haddad tem razão quando diz que a seca prolongada terá impacto no preço dos alimentos, com efeito sobre a inflação, mas que isso não deve ser motivo para aumento dos juros.

Elevar a taxa básica de juros na conjuntura atual seria uma crueldade da qual apenas o Banco Central, agente do mercado financeiro, seria capaz.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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