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A desaceleração do mercado de trabalho prevista pelos gênios do mercado financeiro para o início de 2023, quando o presidente Lula assumiu seu terceiro mandato, ainda não se concretizou.
Ao contrário, o mercado de trabalho continua superaquecido. A taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre móvel encerrado em agosto.
Trata-se da menor taxa para o período de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Consultores dizem que a expectativa é de que esse dinamismo continue nos próximos meses, reforçado pelo aquecimento tradicional de fim de ano, com Black Friday e Natal.
Apesar disso, e novamente contrariando a “lógica” sustentada pelos gênios do mercado financeiro, incluindo o Banco Central, a inflação permanece sob controle e ainda ao alcance da meta.
Nesse contexto, não faz nenhum sentido o aumento de juros defendido pelos gênios. Não faz sentido por não haver descontrole inflacionário nem fuga da meta fiscal.
A questão é o quanto de interesse existe na alta dos juros, a ponto de se ignorar iniciativas que resultam em melhora econômica. Como diz Marcos Barbosa, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, uma série de microrreformas já aprovadas ou em votação no Congresso resultam em crescimento do PIB 10% maior do que o previsto.
“É uma agenda silenciosa e pouco considerada pelos analistas nas projeções de crescimento”, afirma.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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