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Abandono na área rural
Moradores da área rural têm dificuldade de chegar aos locais de atendimento médico de Serra Negra por falta de transporte. Dados da secretaria municipal de saúde revelam que 16% dos pacientes faltam às consultas agendadas. Dirigentes da área não sabem explicar os motivos das faltas e dizem que essa é uma realidade nacional. O depoimento comovente e corajoso de uma moradora nas redes sociais da cidade, no entanto, indica que há uma explicação para pelo menos parte das faltas às consultas médicas da cidade: falta transporte na área rural não só para acessar os serviços de saúde, como também os da educação, entre outros inúmeros problemas de infraestrutura, como na coleta de lixo e manutenção das estradas.
Falta transporte
“Sabe o quanto é difícil conseguir um exame ou consulta?”, questiona Bárbara Reis, há 40 anos moradora da cidade. “E sabe por que 70% dos agendamentos são perdidos? Porque quem mora em área rural não consegue ir”, responde. A prefeitura deveria fornecer o transporte, mas nem todos os pacientes têm acesso a esse serviço. “Mandam pegar o ônibus, mas nem todo mundo consegue ir para a rodoviária pegar um ônibus e às vezes não têm nem dinheiro para comer em casa o que dirá para pagar ônibus”, conclui. Bárbara lamenta a falta de humanização na saúde.
Alunos abandonam escola
A falta de transporte dificulta o acesso dos moradores da área rural também aos serviços de educação. Bárbara relata que muitos jovens abandonam os estudos porque não têm como chegar às escolas. “Dependendo do local onde moram, o transporte escolar não chega”, afirmou. Ela reclama também da falta de coleta de lixo em vários pontos e manutenção nas estradas rurais. “A verdade é que na política vale o voto, o salário dos políticos e não a verdadeira necessidade daquele que deu o seu voto de confiança”, conclui.
Do campo para a cidade
A moradora faz as reclamações e as constatações do abandono da zona rural pela administração municipal com base em experiência própria. Ela trocou o sítio pela cidade devido às condições precárias de moradia. “Fui obrigada a fechar o sítio onde morava, nas Tabaranas, e vir pra cidade porque quando chove não tem estrada”, relatou. Outro motivo da troca do campo pela cidade foi a falta de transporte escolar para o filho. Ela diz ainda que enfrentou humilhações às vezes em que reclamou à prefeitura. “Se eu for falar tudo não sairei mais daqui”, afirmou.
Só promessas
Bárbara se diz desanimada com a situação desses moradores e avalia que a política, em Serra Negra, nos últimos anos, só tem favorecido os moradores da área central e os turistas. “Quero ver a área rural ser valorizada e melhorada. Aí sim vou acreditar na palavra dos políticos”, afirmou. Até agora, Bárbara disse que só ouviu promessas. Nunca vi nada igual em 40 anos que moro em Serra Negra. Nem o mínimo está sendo feito para esses moradores. Triste, sabia?”, desabafa a moradora.
Sem ônibus
Não são apenas os moradores da área rural que se queixam da falta de transporte para atendimento médico. Quem mora na área central também tem reclamado da dificuldade de acesso ao novo posto de saúde do Centro, em frente ao Oscar Plaza Shopping. É que não há linha de ônibus para o local e quem vem do Centro tem de subir uma rua íngreme para chegar ao posto.
No apagar das luzes
O secretário de Esportes, Danilo Mainente, passou os últimos quatro anos alegando que tecnicamente seria impossível construir ciclovias em Serra Negra. Em entrevista ao Viva! Serra Negra, o secretário chegou a citar a ligação entre a Praça Sesquicentenário e a Juca Preto. Para o secretário, até seria possível instalar ciclofaixas ou ciclovias na praça, mas a ligação com a avenida seria impossível, na sua avaliação. Os argumentos do secretário chegaram a ser confirmados pelo ex-assessor de Gabinete e atual secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Vanderlei Lona.
Soluções mágicas
A algumas semanas das eleições, no entanto, Serra Negra amanheceu com faixas que indicam a instalação de uma ciclovia, uma surpresa até para os ciclistas da cidade. O que parecia impossível para o secretário de Esportes nos últimos quatro anos se tornou um grande projeto da atual administração. O prefeito Elmir Chedid aproveitou os holofotes eleitorais para informar que a cidade inteira vai ganhar ciclovia. Do dia para a noite, problemas técnicos tão difíceis de serem solucionados para o secretário de Esportes e o ex-assessor de Gabinete do prefeito foram resolvidos num passe de mágica.
Surpresa e amadorismo
No grupo de WhatsApp dos bikers da cidade, os comentários giraram em torno do fator surpresa, como também do amadorismo e ausência de requisitos técnicos. Assim como não anunciou, a prefeitura também não apresentou à população o projeto técnico de sua nova obra. Mais uma vez, uma decisão de gabinetes. Nem mesmo os mais interessados no assunto foram consultados.
Barulho na Barragem
Os vereadores Renato Giachetto e Roberto de Almeida subscrevem pedido à prefeitura para informe se "há possibilidade" de o Parque Represa Dr. Jovino Silveira, a Barragem, ser diariamente fechado às 22 horas. Segundo eles, os moradores vizinhos do local estão reclamando "das festas com som muito alto durante o período noturno e madrugadas no local".
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