//FERNANDO PESCIOTTA// Vazamento estranho



Sempre pregando ética e comportamento profissional, o jornal Folha de S. Paulo mais uma vez segue o rigor do ditado segundo o qual você deve fazer o que eu digo e não o que eu faço.

Esse vazamento de supostas conversas do ministro Alexandre de Moraes, do STF, com auxiliares, é no mínimo estranho. O jornal não esclarece como conseguiu acessar grupos privados no WhatsApp.

Uma indicação é o fato de que Glenn Greenwald assina a “reportagem”. Trata-se de um sujeito controverso, que já esteve intricado com o The Intercept, brigou, voltou atrás, foi de novo. Segue o mesmo roteiro na relação com teses e pessoas.

Como não raro, a edição da Folha é forçada. Não fosse o dono do jornal um banqueiro, o mesmo dono do PagBank e do PagSeguro, poderia achar que se tratava de mais um equívoco jornalístico. Mas, claro, tem interesse de grana por trás dessa edição no mínimo estranha.

Não tenho competência para analisar juridicamente a “denúncia”, mas parece que os argumentos apresentados pelo ministro são plausíveis.

Para além da questão legal, a dúvida é sobre o interesse do jornal em querer descortinar uma questão vencida em favor da democracia brasileira.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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