//FERNANDO PESCIOTTA// Fim da cartilha conservadora




Muito tem sido dito aqui sobre a ortodoxia do Banco Central, que segue uma conservadora cartilha ultrapassada e viciada ao analisar a conjuntura e estabelecer a taxa de juros.

Há alguns dias, colunistas menos alinhados com o mercado financeiro reafirmaram que essa lógica não serve para o Brasil, onde a influência externa transcende indicadores internos. Tanto que a economia continua crescendo, o nível de emprego é dos mais altos da história e a inflação não estoura.

Sinais do maior mercado capitalista do mundo sustentam que sesse conservadorismo já era.

Conforme a insuspeita agência Bloomberg, os agentes do mercado se deram conta de que a velha cartilha de Wall Street caiu por terra. O porto seguro de ações de grandes empresas de tecnologia, que perderam US$ 3 trilhões em valor de mercado em uma semana, afundou de uma hora para outra. Os investidores estão desorientados e em julho voltaram a aportar dinheiro na Bolsa brasileira.

Nessa conjuntura, os dados muito ruins do mercado de trabalho divulgados na sexta-feira (2) mostram que essa política deu ruim.

O risco de retração econômica fez Wall Street disparar um alerta de que a estratégia ultraconservadora restritiva vai se revelar um grande erro de política monetária, um fiasco.

Por isso, a semana começa com perdas generalizadas em todo o mundo. O temor de recessão nos EUA fez despencar ações nas bolsas, que tiveram de adotar sistemas de parada de segurança para conter a queda. O iene e o franco suíço disparam.

A parte cheia desse copo é que o Fed, o banco central dos EUA, fica cada vez mais forçado a reduzir os juros, o que pode ajudar a pressionar o BC brasileiro a não elevar a taxa por aqui.


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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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