//FERNANDO PESCIOTTA// Campo minado



O presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou nesta segunda-feira (5) para o presidente Lula, que estava cumprindo uma agenda no Chile.

O francês, que administra um território vizinho e é visto como o principal líder da União Europeia, queria agradecer a Lula por ter juntado Colômbia e México nos esforços para encontrar uma solução para a crise na Venezuela.

Na semana passada, o presidente dos EUA, Joe Biden, também telefonou para Lula para tratar da questão.

Em síntese, o presidente mais poderoso do planeta e o mais poderoso da Europa, ambos de alguma forma relacionados à geopolítica da região, sinalizam que Lula é o cara para resolver o problema.

Não vai ser fácil encontrar uma solução. Sentado na maior reserva de petróleo do mundo, Nicolás Maduro faz jogo duro, mas desta vez seu desgaste é bem maior do que em contendas anteriores.

González Urrutia, candidato de oposição a Maduro, repete o gesto ridículo de se autoproclamar presidente eleito. Apesar dessa vergonha alheia, ele conta com a simpatia de boa parte do mundo, de olho ou não na gigantesca reserva de petróleo da Venezuela.

O tempo passa e uma solução não parece próxima. Lula tem um grande abacaxi nas mãos, com efeito interno poderoso. Correm soltas em grupos de WhatsApp conversas que terão efeito devastador na próxima eleição a depender do desfecho dessa crise.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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