//NOTAS SERRANAS// Aumentam casos de câncer de mama na cidade

         


Câncer de mama

Serra Negra tem registrado aumento de casos de câncer de mama nas redes de saúde privada e pública. O Viva! Serra Negra apurou que tem aumentado o porcentual de resultados positivos em exames realizados na carreta de mamografia, que oferece o serviço gratuito às mulheres serranas.

Maior risco

Ginecologistas que atendem à rede privada também constataram esse aumento. Um desses profissionais, só no último mês, registrou dois casos em seu consultório. A doença tem atingido pacientes fora do perfil de risco para câncer de mama, como as mulheres mais jovens, com 40 anos ou menos, e sem histórico familiar.

Tendência mundial

O aumento de casos de tumores na mama segue uma tendência mundial de maior incidência de câncer no mundo e também na cidade. Serra Negra registrou no ano passado 167 casos de câncer, 53 casos a mais do que em 2019, segundo relatório do Ministério da Saúde sobre o atendimento da rede pública no município. O documento não revela, no entanto, quais os tipos de câncer apresentaram maior incidência em Serra Negra.

Prevenção com qualidade  

A prevenção não evita a incidência, mas aumenta as chances de cura em mais de 90%. O serviço preventivo vai além do acesso ao exame de mamografia, explicam os médicos. As imagens têm de ser detalhadas e capazes de identificar precocemente o câncer de mama. Se não houver boa nitidez e a imagem deixar de incluir alguma área da mama, o diagnóstico pode ser tardio. Além disso, os médicos salientam que é preciso que o resultado do exame esteja disponível para a paciente no máximo em dez dias. Eles consideram que o prazo de 60 dias estabelecido pela carreta de mamografia é inadequado. Lembram ainda que muitos pacientes ficam sem o resultado porque o exame precisa ser refeito de forma imediata devido a problemas na imagem.

Diagnóstico precoce

“Se a imagem não mostrar toda a mama, o câncer pode estar na parte que não foi revelada. E essa mulher vai perder tempo e o diagnóstico pode ocorrer tarde”, explica um médico ouvido pelo Viva! Serra Negra. Além disso, o laudo tem de ser emitido e avaliado por especialistas. “Já houve caso aqui em Serra Negra, diagnosticado no AME (Amparo) e depois a paciente passou por um médico clínico-geral no posto que indicou controle após seis meses e já era câncer avançado”, relata o especialista. Os médicos em geral aconselham pelo menos um ultrassom e maior atenção quando o exame é realizado em mutirões, como o das carretas.

Centro de Saúde da Mulher

A prefeitura inaugurou um espaço no Hospital Santa Rosa de Lima que deverá ser dedicado à saúde feminina, mas não informou até agora como deverá funcionar nem quais serviços serão oferecidos no local. A população ainda não sabe se os agendamentos das consultas e exames serão no local ou nos postos de saúde. A população também não sabe onde encontrar informações sobre serviços na cidade. A prefeitura suspendeu suas páginas nas redes sociais e informou que não está mais atualizando as informações no site oficial devido à lei eleitoral, que proíbe propaganda, mas não informações essenciais aos cidadãos. Somente pacientes que passaram pelas unidades de postos de saúde ao longo do mês obtiveram informações sobre a carreta de mamografia. 

Omissão de socorro

A defesa de Jéssica Maria Nunciaroni, esposa de Fabiano Pinto de Oliveira, que teria chegado morto ao Hospital Santa Rosa de Lima, no dia 22 de junho, depois de a ambulância ter sido acionada cinco vezes, deverá se pronunciar nos próximos dias. O delegado de Polícia de Serra Negra, Rodrigo Cantadori, disse que enviaria ao Fórum de Serra Negra, na sexta-feira, 12 de julho, o inquérito sobre a denúncia de suposta omissão de socorro.

Processo sigiloso

A partir da entrada do documento no Fórum, a defesa de Jessica avalia que seria possível ter acesso aos autos, em especial aos depoimentos dos servidores municipais responsáveis pelo serviço de ambulância na data do ocorrido, entre os quais o motorista e vereador Leo da Ambulância, que não deu nenhuma declaração até agora. A Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo serviço de ambulância, também não se pronunciou ainda sobre o assunto.

Saúde mental

O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Serra Negra continua sem conseguir atender a demanda dos pacientes por consultas e tratamentos psicológicos e em especial psiquiátricos. Além da falta de médicos especialistas, o Viva! Serra Negra recebeu reclamação de paciente com dependência química que diz estar proibido de participar das oficinas terapêuticas. A direção do Caps colocou como condição sua participação no grupo de Dependência Química. Apesar de ter seguido a recomendação, o paciente não obteve ainda a autorização para participar da oficina. 

Instâncias superiores

O paciente recorreu à supervisora e orienadora terapêutica, Cintia Vilani, doutora e psicóloga clínica que enviou a seguinte reposta com encaminhamento à Secretaria Municipal de Saúde de Serra Negra: “Confirmo o recebimento e também a leitura deste e-mail encaminhado para a Secretaria Municipal de Serra Negra. Qualquer coisa em que possa auxiliar no caso, saiba que estou à disposição como sempre, pois você precisa de tratamento e sabemos que é possível eles oferecerem esse suporte necessário a você! O paciente aguarda contato da Secretaria de Saúde e da direção do Caps em Serra Negra.

Passeio público

A manutenção das calçadas públicas pela administração municipal e o uso desses espaços por bares, restaurantes e lanchonetes em especial no centro da cidade foram alvo de críticas dos moradores. O Viva! Serra Negra recebeu de um morador o questionamento sobre a manutenção dos passeios públicos na área central, como na Rua Coronel Pedro Penteado, pela prefeitura, e da falta de cuidado dos passeios públicos em outras vias e em especial nos bairros e periferia da cidade. O morador pergunta de quem é a responsabilidade pela manutenção das calçadas e se nas áreas em que a prefeitura está realizando as melhorias o custo do serviço é repassado aos proprietários das calçadas, entre os quais moradores e comerciantes.

Responsabilidade do proprietário

A falta de manutenção das calçadas que prejudicam em especial pessoas com necessidades especiais e idosos foi tema de uma das reuniões do primeiro semestre do Conselho Municipal do Idoso. A primeira-dama, Deborah Chedid, explicou, na ocasião, que a responsabilidade de manutenção é dos proprietários, que são notificados para tomar providências. Se isso não ocorrer, a prefeitura contrata uma empresa por meio de chamamento público, que realiza o serviço e a conta é encaminhada ao proprietário. A burocracia, informou a primeira-dama, é responsável pela demora no conserto. E no caso das ruas centrais, pergunta o leitor, foi esse o procedimento adotado?

Bares e restaurantes

A discussão sobre o uso das calçadas em Serra Negra esquentou mesmo nas redes sociais. Nos comentários de uma postagem das páginas mais tradicionais do Facebook da cidade, "Fotos Antigas e Novas de Serra Negra", os moradores teceram duras críticas à ocupação das calçadas pelos estabelecimentos comerciais da Praça João Zelante. A postagem comparava o cenário da praça nas décadas passadas, sem a ocupação dos bares, com o atual. Contrários à argumentação de que os turistas gostam e o movimento nos bares movimenta a economia, moradores lembraram que o espaço é público. Várias sugestões foram apresentadas ao prefeito Elmir Chedid, entre as quais a de ouvir a população antes de tomar decisões que interferem no dia a dia da cidade.

Espaço público

“Se o espaço é público o uso por particular não é correto. O trânsito não é aonde tem carro, mas também de pessoas que têm dificuldade de circular. O dinheiro não deveria se sobrepor às leis”, afirmou uma moradora. “Hoje existe uma dificuldade absurda de locomoção por parte dos idosos (incluo meu pai nessa lista) pela cidade”, argumentou outro morador. “Hoje é uma feiura na praça. Com restaurantes tomando as calçadas e além de tudo, sem padrão. São puxadinhos que tiram a beleza da praça”, disse uma moradora. E por aí vão os comentários. "O uso do espaço público deveria ser taxado e revertido para a cultura ou o asilo ou o hospital", sugeriu outro morador. As instâncias para ouvir a população são os conselhos municipais, as associações de bairro e audiências públicas, que estão praticamente esvaziadas ou inativadas por falta de incentivo da prefeitura. 



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