//FERNANDO PESCIOTTA// Rio das Pedras no Planalto



O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou uma operação da Polícia Federal para prender suspeitos e de busca e apreensão na investigação sobre a arapongagem ilegal da Abin na gestão do miliciano.

O que os policiais descobriram até agora é uma espécie de confirmação de tudo que já se sabia. A bisbilhotagem da gestapo bolsonarista visava inimigos políticos, tudo sob a coordenação do líder da quadrilha e do general Heleno, o militar de pijama e fraldas que babava ódio.

Mas o que talvez a PF não soubesse é que encontraria provas de ações ilegais que visavam blindar Flávio Bolsonaro nas investigações do esquema de desvio de dinheiro público que ele herdou do pai. Esquema que gentilmente ficou conhecido como rachadinha.

De acordo com a investigação, a gravação revela uma reunião do então presidente com o chefe da gestapo, o agora deputado Alexandre Ramagem, bandido profissional infiltrado nos quadros policiais. No encontro, que teve a presença da advogada de Flávio, o então presidente pediu explicitamente que Ramagem interviesse na investigação para poupar o bebê.

A culpa disso tudo, claro, não é dele, é do Ramagem. Consta que Bolsonaro culpa o agora candidato a prefeito do Rio de Janeiro por não ter sumido com todas as provas dos muitos crimes cometidos pela quadrilha.

Novamente, o que se vê é que quanto mais se investiga, mais se comprova que o modus operandi da milícia de Rio das Pedras era a estratégia de governo (?) instalada no Palácio do Planalto.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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