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O jornalismo brasileiro sempre foi alvo de críticas que acabaram levando a seu descrédito para parte da sociedade, o que é muito ruim para todos, a começar pela ameaça à democracia.
Geralmente tendenciosa e com objetivos obscuros no mundo dos negócios, a mídia convencional publica notícias que exigem filtros que nem todo consumidor tem, o que leva a interpretações equivocadas.
O mais grave, porém, é seu uso para interferir na vida do cidadão, com efeitos práticos muito perversos. Nesta terça-feira (16) tivemos um exemplo de como o mau comportamento de “profissionais” da mídia pode causar prejuízo ao cidadão.
Na entrevista que deu à TV Record, o presidente Lula disse, entre muitas outras coisas, que precisa ser convencido da necessidade de corte de até R$ 20 bilhões no Orçamento deste ano. Agentes do mercado financeiro ficaram sabendo disso antes de todo mundo, o que alterou a cotação do dólar e elevou os juros pagos por todos nós, com ganhos de poucos privilegiados.
Tirado de contexto, o conteúdo da entrevista foi vazado ao mercado financeiro pela própria entrevistadora, Renata Varandas, que é sócia de uma empresa de análise política que presta serviços a uma corretora.
Renata Varandas deu informação privilegiada a um cliente que pode ter especulado no mercado ganhando muito dinheiro.
É o fim da picada uma “jornalista” que entrevista o presidente da República ter uma empresa com ligações no mercado financeiro, fazer perguntas de interesse do seu cliente e vazar informação privilegiada.
Esse vale tudo acaba com o pouco que resta da credibilidade de veículos como a TV Record.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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