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O governador Tarcísio de Freitas anunciou na terça-feira (23) o fim do processo de doação da Sabesp para a iniciativa privada. Analistas criticam o preço da operação, que vai render R$ 14,8 bilhões aos sofres públicos pela venda de 32% da empresa.
Esse valor significa um preço pago por ação 20% menor do que a cotação dos papeis na Bolsa de Valores. Ou seja, se negociasse diretamente no mercado de capitais, o novo dono da empresa teria de pagar muito mais para o Tesouro paulista, para a população de São Paulo.
O deputado Guilherme Boulos, candidato a prefeito da Capital, lembra que a Sabesp teve lucro de R$ 3,5 bilhões no ano passado e tinha um plano de investimento de R$ 47,4 bilhões até 2028.
Boulos usa esses números para ressaltar que o valor da operação conduzida por Tarcísio de Freitas é “um nada”.
O governador alega que o preço foi o possível diante do tamanho do cheque. Dessa forma, ele confirma que a ideia era se desfazer da maior empresa de saneamento da América Latina a qualquer preço, literalmente.
Outra frente de críticas é a questão tarifária. Não está claro se o novo gestor poderá fazer reajustes, e de quanto.
Além de ser um péssimo negócio financeiramente, a doação da Sabesp é um enorme risco para o usuário. Pelo modelo adotado, o acionista majoritário, com apenas 32% da empresa, é a Equatorial, cuja única experiência no setor é em Macapá.
Por onde se olha esse negócio, a conclusão é a mesma: estamos lascados.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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