- Gerar link
- Outros aplicativos
- Gerar link
- Outros aplicativos
Em Porto Alegre a água começa a descer, expondo discussões sobre culpas e um rastro que levará às urnas neste ano e em 2026.
Em reveladoras entrevistas nos últimos dias, o confuso governador Eduardo Leite tenta dividir a responsabilidade pela alertada enchente que atingiria a capital e outros pontos do Estado. Para isso, acaba rifando aliados e apoiadores.
Leite está numa encruzilhada. Aliado de negacionistas nas últimas eleições, agora tenta marcar a imagem de bom moço, mas com muito medo de brigar com os malvados.
Ele mesmo assume que foi alertado para os riscos, assim como os prefeitos, mas “o governo tem outras agendas”. Além disso, afirma que “dificultar licenças não protege o meio ambiente”. Por isso ele também liberou geral.
Para tentar contornar a situação, sugere o adiamento das eleições municipais, sob o argumento de que bairros e até cidades inteiras terão de ser reconstruídas, o que levará muito tempo.
Leite está perdendo uma enorme oportunidade de apontar os verdadeiros culpados. Além de gestores incompetentes, como ele próprio, que já quis destruir o muro que protege Porto Alegre das águas do Guaíba, deveria indicar seus amigos negacionistas.
É o momento oportuno de lembrar da passagem da boiada defendida pelo então ministro do “Meio Ambiente”, Ricardo Salles, e das muitas iniciativas do antigo governo para detonar o Ibama, ICMBio e demais órgãos de proteção ambiental.
É preciso lembrar que para os extremistas de direita, os mesmos que tentaram um golpe para se perpetuar no poder, sempre dizem que defesa do meio ambiente e citações da mudança climática são coisas de “esquerdopatas”. Não é difícil responsabilizar os verdadeiros culpados por quase 180 mortos e bilhões em prejuízo.
---------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.