//FERNANDO PESCIOTTA// Escolhas e negacionismo



O governador Tarcísio de Freitas não se cansa de dar bola fora na Educação, que vai se consolidando numa tragédia em São Paulo.

Agora, segundo denúncia do jornal Folha de S. Paulo, sabe-se que Tarcísio usou vídeo do MBL e um texto do Brasil Paralelo como fonte de “informação” em material didático digital enviado às escolas da rede pública de ensino de todo o Estado.

Trata-se de uma conjugação de fatores, todos nocivos à moral, à qualidade do ensino e ao Tesouro estadual.

Tarcísio quer, ao mesmo tempo, agradar ao bolsonarismo, destinar recursos ao MBL e Brasil Paralelo e catequizar os 3,5 milhões de alunos com “informação” duvidosa e conservadorismo tosco.

É importante expor atitudes como essa, pois um dia a cobrança vem e todo mundo deve estar na mesma página.

Com as devidas proporções, é o caso da tragédia humanitária e econômica causada pela chuva no Rio Grande do Sul.

Nunca é demais lembrar que a região concentra grande número de negacionistas. Em 2019, o governador assinou decretos liberando o desmatamento em prol de agricultores.

Agora, com a água literalmente no pescoço, o mesmo governador usou as redes sociais para tentar dividir com Lula a responsabilidade pela tragédia. Sem sucesso. Suas investidas foram devidamente rechaçadas.

Em Porto Alegre, o prefeito direitista não investiu nenhum centavo em prevenção contra enchentes mesmo que o departamento responsável pelo setor tenha fechado 2023 com R$ 428,9 milhões em caixa.

É sempre bom deixar bem claro quem é quem e o que faz.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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