//FERNANDO PESCIOTTA// Ruído fiscal



O governo enviou ao Congresso nesta segunda-feira (15), na data prevista, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias. Em outras palavras, conforme determina a legislação, é a abertura dos trâmites para fixar o Orçamento de 2025, com definição de arrecadação, despesas e meta fiscal.

Causou alvoroço no mercado financeiro e na imprensa o fato de o Ministério da Fazenda propor meta de déficit fiscal zero. Isso porque a previsão anterior era de proposta de superávit equivalente a 0,5% do PIB.

Durante toda a gestão de Paulo Guedes na economia, sob o governo nefasto do mefisto, foi uma zorra de déficits gigantescos e estava tudo certo. Falar em equilíbrio sob o governo do PT soa como crise.

A reação é tão irracional que atinge até o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Praticamente de saída do cargo, e após longo período de imposição de juros absurdamente altos, ele reage com declarações absolutamente desnecessárias.

Ao se confirmar a proposta do governo, Campos Neto disse que “o custo para a política monetária cresce com âncora fiscal menos crível”. Afirmação desnecessária e desproporcional. Se fosse no governo anterior, que ele ajudou a eleger, duvido que dissesse isso nesse momento.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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