//FERNANDO PESCIOTTA// PM seletiva de Tarcísio



Ao final da Operação Verão, a PM contabiliza 59 assassinatos cometidos na Baixada Santista. O secretário bolsonarista de (in)Segurança Pública disse que não sabia o número de mortos. Para ele, tanto faz.

Recentemente, o governador Tarcísio de Freitas disse que especialistas, entidades de direitos humanos e cidadãos interessados podem reclamar “no raio que os parta” porque ele não está “nem aí” para a matança da PM.

Liberou geral. Tarcísio autorizou os policiais a fazerem o que bem entenderem, colocando em prática a única estratégia que aprendem na academia e com seus comandantes: bater e matar.

A violência policial, porém, é seletiva. A mesma PM que espancou um cadeirante e sua família em Piracicaba, no começo da semana, é aquela que permitiu que o motorista de um Porsche de R$ 1 milhão que matou um trabalhador na noite de sábado se evadisse do local do crime na Capital.

O delinquente de 24 anos nem socorro prestou, segundo testemunhas, e foi autorizado pela PM a dar o fora dali sem nem assoprar o bafômetro.

Para a PM bolsonarista de Tarcísio de Freitas, rico merece proteção, mesmo que cometa crimes, e pobres merecem apanhar e morrer, mesmo que sejam inocentes.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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