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Foto: Lula Marques/Agência Brasil |
Um dia após ver frustrado seu plano de defesa do mandante do homicídio de Marielle Franco, o presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), revelou toda sua ira de derrotado e bombardeou o governo Lula.
De forma grosseira e cercado por empresários do agronegócio, disse que o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é um “desafeto pessoal” e chamou o responsável pela articulação política do governo de “incompetente”.
Para o coronel Lira, Padilha é o responsável por espalhar a “informação falsa” de que saiu enfraquecido da votação que manteve Chiquinho Brazão na cadeia.
O que Lira não disse, e nenhum jornalista teve a coragem de chamar sua atenção, é que não se trata de informação, mas uma análise feita por toda a imprensa.
Editorial da Folha de S. Paulo considera que na briga pela renovação do comando da Câmara, Lira perdeu pontos e demonstra fraqueza diante de possíveis mudanças. O UOL sustenta que nomes do Centrão saíram da votação fortalecidos para o comando da Casa, e nenhum deles é do grupo do coronel.
A irritação de Lira tem por objetivo desviar a atenção e servir de palco para tentar recuperar prestígio perante deputados, especialmente aqueles que concordam em passar a mão na cabeça de um assassino.
Tanto é que o próprio coronel afirmou que a votação “apertada” a favor da prisão de Brazão é um sinal de “incômodo” com “interferências” do Judiciário.
O coronel Lira sabe muito bem de que lado está, junto com milicianos, homicidas e golpistas.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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