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Fica cada vez mais escancarado que disputas internas no governo têm grande contribuição na perda de imagem do presidente Lula e de sua gestão, conforme apontado em várias pesquisas de opinião.
Claramente, essas disputas estão relacionadas à forma de condução da gestão, de como se olha para o governo, mas também têm a ver com 2026.
Lula chegou a dizer, antes mesmo de tomar posse para seu terceiro mandato presidencial, que não buscaria a reeleição. Isso deixou um campo inteiro de disputas por seu lugar.
Rui Costa e Alexandre Padilha vislumbram a candidatura, Geraldo Alckmin e seu PSB sonham com isso, Gleisi Hoffmann diz que o PT precisa de mais espaço e Lula, em seu íntimo, acha que seu sucessor é Fernando Haddad.
Esse bastidor tem feito com que o governo continue sem um gerentão, um coordenador, como Dilma Rousseff foi no segundo mandato de Lula. Colocava ordem na casa e distribuía tarefas.
Com aquela estrutura, uma crise tão estúpida quanto essa da Petrobras, que se arrasta desnecessariamente, dificilmente ocorreria. Ficariam em evidência as boas entregas que o governo tem feito, assim como os promissores projetos futuros e a busca saudável por melhores soluções na educação e no combate ao garimpo ilegal, por exemplo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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