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Alguma coisa acontece na cabeça de economistas do mercado financeiro que foge da compreensão de humanos.
Recentemente houve a mudança de dois diretores do Banco Central, com a indicação de profissionais mais alinhados com o pensamento do governo Lula, mas nada adiantou.
Nesta quarta-feira (20), ao anunciar o esperado corte de 0,5 ponto porcentual da taxa básica de juros, que cai para absurdos 10,75% ao ano, o Copom apontou uma mudança de tom no seu comunicado.
Ao sinalizar novas reduções no futuro, em vez da expressão no plural o BC usou o singular. Agora indica que pode haver apenas mais um corte de meio ponto.
Ensebado e despreocupado em falar com o público, mas apenas com agentes do mercado financeiro, o comunicado do BC menciona a necessidade de “maior flexibilidade na condução da política monetária”. Por isso teria “unanimemente” optado por comunicar que, “em se confirmando o cenário esperado, haverá redução da mesma magnitude na próxima reunião”.
É preciso esperar a ata a ser publicada na semana que vem, mas o BC presta o desserviço de expor supostas desconfianças na condução da política econômica.
Desconfiança de parte do mercado financeiro que se apoia em dogmas. Não aceitar discutir teses é coisa de velho e ultrapassado. A realidade brasileira tem mostrado que o BC e o mercado financeiro erram, e muito. O próprio presidente do BC já reconheceu isso publicamente.
Não é apenas a política monetária que controla a inflação. Tanto assim que ainda nesta quinta-feira o Ministério da Fazenda deve anunciar a revisão para baixo da projeção de inflação deste ano.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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