Controlado por Luís Frias, o dono do banco PagSeguro, o jornal Folha de S. Paulo não esconde o lado que escolheu para orientar sua linha editorial. As publicações do grupo, incluindo o UOL, forçam a barra contra o governo, especialmente na área econômica, como forma de direcionar as notícias para seus interesses financeiros.
Assim foi ao longo desta terça-feira, dia de publicação da inflação de fevereiro. O jornal insistiu em manter na manchete o alerta para o “repique” do IPCA. Incompetência ou má-fé.
Puxado pelos custos sazonais com educação, além de ligeira alta da gasolina e do também sazonal reajuste da tarifa de telecomunicações, o IPCA subiu 0,84%, dentro da mediana prevista por economistas do mercado financeiro, que não têm nenhuma boa vontade com Fernando Haddad.
Pior para a Folha, o acumulado em 12 meses caiu para 4,50%, ante meta de 3,50% estabelecida pelo Banco Central, mas com tolerância de 1,5 ponto porcentual.
A reação do mercado financeiro foi explícita ao longo do dia. A Bolsa fechou em alta de 1,22%, sob o entendimento de que o resultado do IPCA reforça a visão positiva para o Copom manter a queda dos juros.
É isso que o dono da PagSeguro não quer.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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