//FERNANDO PESCIOTTA// O diagnóstico de Lula

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil



O presidente Lula usou a primeira reunião ministerial do ano para ressaltar a tentativa de golpe, que só não se efetivou, disse certeiro, porque o miliciano ex-presidente é um “covardão”.

Covarde e incompetente. Lula comparou seu primeiro ano de mandato com o desgoverno dos quatro anos anteriores, sem deixar de apontar justificadas lamentações.

Disse que a equipe de governo teve um trabalho “hercúleo” para recuperar as políticas públicas. Citou a ampliação do Bolsa Família, reajuste do salário mínimo e recuperação do Farmácia Popular, mas salientando que “ainda falta muito”.

A reunião foi convocada para discutir ações do governo e a perda de popularidade indicada em pesquisas. O presidente quer porta-vozes mais ativos, quer os ministros viajando pelo País, ocupando espaços na mídia não para expor apenas ações de suas pastas, mas do governo como um todo.

Lula deu sinais de compreensão do mundo contemporâneo ao lamentar que o governo esteja perdendo a guerra da comunicação digital.

Aí está a questão, Lula sabe que precisa melhorar a comunicação. Não adianta bater recorde de emprego, de alta da renda, recuperar indicadores econômicos e sociais se o seu vizinho continua comparando dengue com covid e dizendo que o Brasil está uma merda porque o Lula quer atacar Israel, quer que todo mundo fume maconha, quer cobrar imposto de igreja.

Como diria o velho guerreiro, quem não se comunica, se trumbica. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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