Carnaval fraco
Dados das entidades representativas do comércio e da rede hoteleira da cidade indicam que o movimento de turistas durante o Carnaval deste ano ficou abaixo das expectativas de comerciantes e hoteleiros e do registrado em cidades vizinhas. A Associação dos Hotéis, Restaurantes e Similares de Serra Negra (Ashores) calcula que o índice de ocupação na rede hoteleira da cidade foi de 70% da capacidade ao longo dos quatro dias, abaixo, por exemplo, dos 90% divulgados pela prefeitura de Socorro, que informou também que cerca de R$ 26 milhões foram injetados durante o evento na economia local. O comércio de Serra Negra teve ainda pior resultado. As vendas ficaram 30% abaixo do Carnaval do ano passado, de acordo com levantamento da Associação Comercial Industrial e Agrícola de Serra Negra (Acia).
Férias e família
A presidenta da Ashores, Cibele Dib, avalia que a proximidade do fim das férias de janeiro com o Carnaval, na primeira quinzena de fevereiro, atrasou as reservas e pode explicar um movimento mais fraco nos primeiros dias do feriado e uma variação no índice de ocupação dos hotéis. O presidente da Acia, Tiago Jardim, avalia que o modelo “Carnaval Família” pode explicar o menor movimento de turistas na cidade este ano em relação a 2023. O Viva! Serra Negra solicitou à assessoria de imprensa da prefeitura um balanço econômico do Carnaval, mas não obteve resposta.
Propaganda nas redes
A assessoria de imprensa da prefeitura compartilhou mais de 150 postagens com fotos e vídeos da movimentação nos quatro dias de Carnaval. Nenhuma delas, no entanto, informa dados financeiros e econômicos ou sobre o número de visitantes. Nem mesmo a postagem com imagens do congestionamento no trânsito da rua Coronel Pedro Penteado com o texto “Cidade cheia” contém informações econômicas e financeiras, como por exemplo, estimativas do número de turistas, vendas do comércio e índice de ocupação na rede hoteleira. O congestionamento como sempre se deve mais à falta de vagas de estacionamento do que excesso de veículos.
Covid-19 e dengue
O prefeito Elmir Chedid e a primeira-dama, Deborah Chedid, não compareceram a nenhum dos eventos previstos no calendário carnavalesco da cidade. Ambos contraíram covid-19 e estavam em afastamento social. Além do casal, outros servidores do gabinete do prefeito também teriam contraído a doença, entre os quais o chefe de Gabinete, Rodrigo Demattê.
Contaminação e vacina
O número de casos de covid-19 e dengue registrados no município desde o início do ano ainda não foi divulgado. Munícipes reclamam nas redes sociais da falta de doses bivalente para pessoas com mais de 60 anos. A prefeitura informou apenas em seu site oficial que a regularização das doses da vacina está prevista para sexta-feira, 16 de fevereiro, na sala de vacina do posto de saúde Dr. Firmino Cavenaghi. Informa ainda que estará disponível também a vacina da covid (Pfizer Baby) para as crianças entre 6 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias que necessitam completar o esquema vacinal de acordo com o calendário nacional de vacinação infantil.
Corte nas gratificações
Circularam na semana passada informações de que as gratificações concedidas a servidores municipais seriam suspensas a partir do mês de fevereiro. Funcionários públicos informaram ao Viva! Serra Negra que os cortes devem atingir toda a folha de pagamento, mas em especial os trabalhadores da área de transporte e que servem no Centro de Convenções. Nem servidores mais antigos, com quase 20 anos de trabalho na rede municipal, teriam sido poupados da suspensão do benefício. A prefeitura não comunicou nem confirmou oficialmente a suspensão de gratificações.
Disputa política
A suspensão das gratificações foi tema de uma "live" apresentada nas redes sociais do bolsonarista Marco Bueno (Republicanos), líder de um dos grupos da oposição. Sem informar quais gratificações estavam sob ameaça de suspensão, Marco Bueno disse que teria sido informado sobre os cortes por funcionários. Bueno disse ainda que o tema seria levantado pelos vereadores de seu grupo na próxima sessão da Câmara Municipal, na segunda-feira, 19 de fevereiro.
Negociação sindical
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mogi Guaçu, Pedreira, Serra Negra, Lindoia, Estiva Gerbi e Monte Alegre do Sul (Sindiçu) Waldomiro Sutério, até quinta-feira, 15 de fevereiro, ainda não tinha a confirmação da prefeitura de que as gratificações foram suspensas. Sutério informou ao Viva! Serra Negra que estava tentando confirmar a informação e negociar com a prefeitura.
Estatuto do servidor
O pagamento de gratificações está previsto no Estatuto do Servidor do município, regulamentado pela Lei nº 1.836, aprovada pela Câmara Municipal em dezembro de 1991. O estatuto prevê gratificações nos seguintes casos: prestação de serviços extraordinários, execução de trabalho insalubre, perigoso ou penoso, participação em órgão de deliberação coletiva ou banca examinadora, nível universitário, Natal e de função.
Mudanças de cargo
O Viva! Serra Negra apurou que as gratificações pagas pela prefeitura variam de R$ 150 a 2.000. A suspensão do benefício seria consequência da nova lei de reestruturação de cargos enviada pelo Executivo e aprovada por unanimidade pelos vereadores, incluindo os da oposição, no fim do ano passado. Com a aplicação da nova lei e a criação de novos cargos, alguns servidores que exerciam funções que não possuíam cargos deixaram de exercer a função e perderam a gratificação ao serem substituídos.
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