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O poder de deputados e senadores sobre os gastos públicos voltou a crescer, para 20% do Orçamento de 2024, mesmo com o veto de R$ 5,6 bilhões em emendas feito pelo presidente Lula. Agora, a fatia definida pelos parlamentares é nove vezes maior do que nos EUA.
Um Congresso com uma oposição ativa é saudável na democracia, mas com uma infinidade de demagogos corruptos fica difícil governar.
Em entrevista ao jornal O Globo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz que os R$ 53 bilhões aprovados pelo Congresso para emendas parlamentares são um “ultraje”.
Como alternativa para a governabilidade, Gleisi repete o que já dissemos aqui. Ela defende a pressão da sociedade sobre o Congresso, e mais uma vez vem à tona a necessidade de atenção no voto, principalmente das câmaras legislativas, o que inclui a Câmara dos Vereadores, neste ano.
Na lógica de mobilização popular, Lula tem intensificado o giro pelo País. Após uma semana no Nordeste, esteve em São Paulo, colocando o governador Tarcísio de Freitas no colo, e continuará nesta semana por território inimigo, indo ao Rio de Janeiro e Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do País.
Com a volta da atividade parlamentar nesta semana, após o recesso, a expectativa é de embates com uma Câmara comandada por um Arthur Lira ávido por poder. Uma estratégia do governo é a entrada de novos articuladores, incluindo a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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