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O governo Lula se arruma neste ano para as eleições municipais, primeiro round da disputa que promete ser acirrada em 2026, na disputa de governadores e da reeleição do presidente.
Além das articulações, o governo promete afinar as entregas, mesmo objetivo dos partidos mais ao centro e à direita da base de apoio no Congresso, daí a disputa por espaços e supostas “insatisfações” do centrão.
Como nunca é demais falar, a principal entrega de Lula deve ser na economia, que já tem aspectos muito melhores do que na gestão anterior. A principal virtude é na sensação de melhora, especialmente para os mais pobres.
Além de a inflação ainda estar desacelerando, o resultado de janeiro mostrou maior conforto para as famílias de renda mais baixa, que acumularam em 12 meses inflação de 3,47%, a mais baixa, ante 5,67% dos mais ricos.
Em outra frente, o governo busca não fazer grandes bobagens nas articulações políticas. Nas duas maiores cidades do País, o PT não terá candidato, mas Lula está empenhado em reeleger Eduardo Paes no Rio de Janeiro, com a possível indicação da ministra Anielle Franco para vice.
Em São Paulo, para onde todas as atenções já estão voltadas, a aposta do PT é em Guilherme Boulos, do Psol. Entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que Guilherme Boulos é “a cara do Lula”.
É disso que se trata. A eleição municipal, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, é o pontapé de partida de 2026, assim como todo o ambiente político que busca oportunidades para ditar narrativas contra Lula.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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