//FERNANDO PESCIOTTA// Valdemar tem razão



Tem causado muito barulho na direita, com intensa reverberação na mídia, a declaração do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, de que o presidente Lula é muito diferente do miliciano, que Lula é um “camarada extremamente popular”. Os fiéis da seita queriam matar Valdemar.

Além da longa história, das muitas disputas eleitorais e do fato de ser considerado a maior liderança da história política brasileira, Lula tem dados para sustentar que Valdemar tem razão.

Um desses dados está em estudo publicado nesta semana pelo Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre.

Com base no Senso, o estudo mostra que a renda de 15 mil pessoas do topo da pirâmide social cresceu nos últimos anos até o triplo do ritmo observado no restante da população, elevando ainda mais a concentração da riqueza no governo do miliciano.

Entre essa elite, que representa 0,01% da população, o crescimento médio da renda dobrou entre 2017 e 2022. Já os ganhos da imensa maioria da população adulta, os 95% mais pobres, não avançaram mais do que 33%, pouquíssima coisa acima da inflação de 31% no período. Neste caso, dois é igual a zero.

O prestigioso jornal britânico Financial Times publica que sob Lula o governo está retomando os investimentos em infraestrutura, dentro de um projeto para impulsionar a economia e tirá-la de um longo período de desempenho medíocre. Com isso, Lula tenta melhorar os padrões de vida do País, que estavam estagnados.

Um dos avanços na área social foi anunciado nesta terça-feira (16), o Pé-de-Meia, programa que vai pagar bolsa de estudo a todos os alunos do ensino médio de baixa renda e aos participantes do Enem.

É impossível dizer que quem governa para a concentração de renda e atraso dos indicadores sociais, com mazelas e mortes e um marco de homicídio em série, tem o mesmo apelo popular de quem corrige rotas para elevar o padrão de vida da baixa renda.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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