- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
A atuação da Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República e STF para apurar responsabilidades pelo 8 de Janeiro é cômica e idiota ao mesmo tempo. É uma grande gastação de tempo e dinheiro para provar o que todos já sabem. E parte dessa culpa é das plataformas de redes sociais.
O território sem regras ajuda a sacramentar mentiras. Não é à toa que o deputado Carlos Jordy, pego em flagrante, tenha sido tão enfático em dizer que não há nada contra ele. Para os lunáticos que cercam e servem ao miliciano, repetir mentiras basta para virar verdade.
A PF descobriu centenas de mensagens trocadas entre Jordy, líder da oposição na Câmara, e um tal de Carlos Vitor de Carvalho, o CVC, apontado como organizador de paralisações de rodovias após a vitória de Lula e do 8 de Janeiro.
Nas mensagens, CVC chama o deputado de “meu líder” (alusão a mein führer?) e pede orientações sobre os próximos atos terroristas. Jordy responde ao “irmão” que as tarefas serão dadas por telefone. Os diálogos continuaram mesmo quando CVC já era considerado foragido da Justiça, o que incrimina ainda mais sua excelência.
Muito ligado ao miliciano, Jordy tinha autoridade para ordenar os atos golpistas, evidenciando o que todos já sabiam, que é íntima ligação do bolsonarismo com a tentativa de golpe.
As plataformas de redes sociais se negam a mudar para melhor servir. Ou até mudam, para pior. É o caso do WhatsApp, que ao aprimorar as funcionalidades em canais vai facilitar a propagação de desinformação nas eleições deste ano. É o caso de novos recursos de unidirecionamento de mensagens a um número ilimitado de usuários. Além disso, facilitou a ampliação de grupos, potencializando a fábrica de mentiras.
PF, PGR, TSE e STF que se preparem, terão muito mais trabalho.
-----------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.