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Algumas coisas no Brasil são pra lá de manjadas. Uma delas é a mão forçada da imprensa econômica, aliada do mercado financeiro, contra governos petistas. A ideia é pressionar o corte de gastos para engessar o governo.
Você muito provavelmente leu as manchetes dizendo que o déficit do chamado governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, bateu em R$ 230 bilhões no ano passado, o equivalente a 2,1% do PIB e o maior da série histórica descontando o pandêmico 2020.
Mas a história não é bem assim. O noticiário é tendencioso, e isso pouca gente sabia, o que motivou o ministro Fernando Haddad a dar um puxão de orelha nos repórteres que cobrem o Ministério da Fazenda.
“Manchetes não correspondem ao esforço que o governo fez de passar a régua nesse passado tenebroso de desorganização das contas públicas”, disse. “O déficit real se aproximou muito de 1% do PIB, que eu havia anunciado em 12 de janeiro. Valeu a pena o esforço e valeu a pena tomar essas duas decisões”, completou.
Isso por que quase metade do déficit foi quitação de dívida criada pelo governo anterior, com R$ 92,4 bilhões em precatórios e R$ 14,8 bilhões de repasse a Estados para compensar as perdas com a redução da alíquota de ICMS dos combustíveis.
Além disso, pouca gente lembra que a regularização dos precatórios fora da meta fiscal até 2026 foi autorizada pelo STF.
Duvido que em outros governos as manchetes seriam tão descuidas ao abordar tema tão sensível.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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