//FERNANDO PESCIOTTA// Sinais para 2024



Analistas ouvidos pela mídia projetam que o PIB do Brasil deverá ter uma expansão de 1,5% a 1,8% no ano que vem.

Paralelamente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem repetido que os economistas são mestres em errar suas previsões, sempre mais pessimistas quando de se trata de projetar resultados de governos petistas. Tirando o viés político, há acertos.

Tradicionalmente, nesse período do ano os principais executivos das maiores empresas e bancos reúnem jornalistas para fazer um balanço do ano e projetar o futuro.

O dono da Casas Bahia, por exemplo, reconhece que com Lula o País parou de piorar e projeta dias melhores.

O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que embora alguns prognósticos ainda possam estar “em construção”, o Brasil tem condições de ter um 2024 “muito bom”.

Para Trabuco, a aprovação da reforma tributária foi um ganho de gestão, que deve ter impactos nos próximos anos, especialmente na indústria.

O Santander divulgou estudo da equipe econômica revelando que a Bolsa pode bater recordes sucessivos em 2024, dada a melhora do cenário e o aumento do interesse do investidor global no Brasil.

Esses sinais começam a se materializar. Somente no dia 14, o investidor estrangeiro aportou R$ 2,77 bilhões na compra de ações, o que ajudou o índice da Bolsa, o Ibovespa, subir mais de 1% e alcançar pontuação recorde. Nesta segunda, esse recorde foi renovado.

As projeções otimistas se sustentam no movimento de queda dos juros, emprego em alta, recuperação da renda familiar e queda do endividamento do consumidor, além de melhor acesso ao crédito.

O ano não será tão fácil, mas há bons sinais de otimismo. Só falta o Congresso ajudar, e se ele não atrapalhar já será uma grande contribuição.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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