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Um possível acordo entre o Mercosul e a União Europeia pode significar expressivos avanços para a economia brasileira, ampliando mercado para produtos nacionais e atraindo maior volume de investimento, além de romper barreiras importantes contra preconceitos a itens brasileiros.
Não é à toa que o presidente da França, Emmanuel Macron, faz radical discurso contra o acordo. A base da economia e da política francesa são os pequenos e médios produtores do agronegócio, que não têm condições para competir com os brasileiros.
Como disse o presidente Lula, essa resistência francesa é histórica e independente da cor partidária ou ideológica do governo de plantão. Macron se esconde atrás de argumentos como a proteção ambiental e cita os exemplos de acordos firmados com Chile e Nova Zelândia. A pergunta é: o que Chile e Nova Zelândia representam no comércio global, que competitividade têm no mercado francês?
Sinal de prestígio de Lula, em encontro em Berlim, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, defendeu o acordo de livre comercio, reconheceu os esforços do brasileiro na questão climática e deu exemplo de como seu país vai investir no Brasil sob o olhar desses futuros negócios.
Scholz assinou com os brasileiros tratados de cooperação para transição energética e produção de hidrogênio verde, com criação de empregos no Brasil. “Queremos criar indústrias neutras e promover a pesquisa em matéria climática. Essa transformação tem de ser bem-sucedida, mas só o será se for socialmente justa”, explicou Scholz.
Esse deve ser o futuro próximo do Brasil, e por isso o acordo com os europeus é tão importante na vida de cada um de nós.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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