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Com a indicação do ministro Flávio Dino para o STF, e a despeito da suposta dificuldade de aprovação no Senado, o presidente Lula deve aproveitar para fazer uma reforma ministerial na entrada de 2024.
O objetivo é novamente acomodar aliados, corrigir rumos e contornar a eterna dificuldade imposta por partidos que visam tudo, menos a retidão na vida pública.
Nas trocas a serem feitas, Lula deve se livrar de ministros que nada agregam e não conseguem se impor em suas respectivas legendas, que têm parlamentares insistentemente votado contra o governo.
O presidente deveria aproveitar a oportunidade para melhorar a estrutura de comunicação do governo. A cada nova pesquisa de opinião fica mais evidente que o governo não está sabendo se comunicar com a sociedade e perde em narrativas bizarras.
As mais recentes deveriam acender o sinal de alerta no Planalto. O Datafolha mostra estabilidade na aprovação do governo, mas acrescenta que 40% dos entrevistados nunca acreditam no que Lula diz.
O Ipec tem os mesmos 38% de aprovação e agora se iguala ao Datafolha na desaprovação: 30%. Aqui também há um alerta, pois em setembro eram 25% os que consideravam o governo ruim ou péssimo.
Diante dos enormes desafios que Lula tem cumprido, por causa da herança maldita deixada pelo miliciano, os números das pesquisas mostram que a comunicação precisa ser reforçada, sob pena de Lula cumprir um excelente mandato sem ser reconhecido por isso.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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