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As dificuldades do governo Lula no Congresso continuam. Após um anunciado acordo em torno das emendas com as quais os parlamentares irrigam suas contas bancárias e seus currais eleitorais, havia a promessa de votação do chamado pacotão econômico. Mas não bem isso que aconteceu.
Nos últimos dias, o relator do Orçamento de 2024, Danilo Forte (?), disse que colocaria um monte de penduricalho no texto. Escancarou uma pressão pela liberação de recursos para o Centrão.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, nega que seu grupo haja movido pela liberação das emendas. Alega que o governo não cumpre os acordos de liberação de emendas. Deu para entender?
Além de derrubar o veto do projeto de desoneração da folha de pagamentos antes mesmo de o ministro Fernando Haddad apresentar uma alternativa, como prometido, o Congresso ainda derrubou o veto do marco temporal para demarcação de terras indígenas.
Neste caso, a maior aberração foi o voto favorável à derrubada do veto do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Licenciado do cargo, ele retomou a cadeira no Senado para votar a favor da indicação de Flávio Dino ao STF. Aproveitou para dar uma esticadinha e defender interesses dos latifundiários que desmatam, e não do governo que ele integra.
Uma vergonha, mas fica cada vez mais claro que a relação entre Executivo e Legislativo significa uma sinuca de bico para Lula. Diante de tanto escárnio, talvez o presidente tenha de adotar outra estratégia para além da negociação política, recorrendo aos movimentos sociais para fazer uma pressão a partir das ruas.
E vale sempre renovar a mensagem: prestemos mais atenção no voto para o Legislativo. A eleição municipal está aí, vejamos nossas escolhas para a Câmara de Vereadores.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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