//CIDADE// A Represa Santa Lídia, uma tristeza só...

O que restou do deque da Represa Santa Lídia


O Parque Ecológico Adib João Dib, conhecido como Represa Santa Lídia, ainda não conta com a infraestrutura prometida para torná-lo um dos principais atrativos turísticos do município. A prefeitura recebeu em 2019 cerca de R$ 300 mil do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), órgão do governo do Estado de São Paulo, para a instalação de sanitários, sala de apoio em contêineres, construção de dois mirantes e portões, entre outras melhorias.

As obras de revitalização da represa, localizada no Bairro das Posses, anunciada pelo prefeito Elmir Chedid em novembro de 2021, não só não foram concluídas como falta manutenção até de jardinagem e reflorestamento de áreas desmatadas.

Pergolado inacabado


O abandono da Represa Santa Lídia se intensificou em 2023, quando todo o trabalho de divulgação e marketing da secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico e do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) se voltaram para a cópia da Fontana di Trevi, localizada no centro da cidade.

O projeto de revitalização da Represa Santa Lídia foi concebido quando a ideia das autoridades na área do turismo na cidade era priorizar o turismo ecológico e de natureza, com o objetivo de atrair visitantes com maior poder aquisitivo, que no pós-pandemia estavam em busca de lazer e passeios na natureza.

Praticar esporte, como?


Vereadores da base do prefeito e a administração municipal responsabilizam as empresas contratadas para realizar a obra pela falta de revitalização do local. Na última sessão da Câmara Municipal do mês de novembro, em que o assunto foi debatido, não houve nenhuma explicação, no entanto, para a falta de manutenção, incluindo da quadra esportiva, construída no início da atual gestão.

Até a semana passada era possível constatar portões sem instalação, pergolados inacabados, mato alto nas margens da represa, quadra de esportes sem manutenção, entre outros vestígios da falta de cuidado com aquela área pública.

O que é para ser um portão...


Vereadores da base do prefeito Elmir Chedid na Câmara Municipal responsabilizaram as duas empresas contratadas nos últimos anos para realizar as obras pelo atraso na revitalização do local. Uma delas foi descredenciada e considerada inidônea por descumprimento do contrato. A companhia que a substituiu em 2020 também não está conseguindo entregar os serviços nos prazos previstos, mas o prefeito estaria evitando descredencia-la para não retardar ainda mais o andamento das obras. 



Comentários

  1. Matar a tal galinha dos ovos de ouro parece ser uma prática obsessiva das últimas administrações de Serra Negra. Foi assim com a no passado muito visitada cidade, em função de ser uma estância hidromineral (chegava a rivalizar com São Lourenço, em Minas, cujas fontes foram depois vendidas para a Nestlé), e a seguir com os privilégios naturais e ecológicos que a tornaram um dos pontos turísticos mais procurados do estado, não só por turistas ocasionais, mas também por muitas pessoas de outras regiões que escolheram SN como seu local de moradia permanente. Contudo, bem ao estilo do neoliberarismo decadente em todo o mundo, optou-se por iniciativas de consumo que, relegando ao desprezo ou à destruição de seus atrativos naturais, indicam ter por objetivo criar uma "cidade moderna", com mirantes que desfiguram paisagens únicas e matam pássaros e por "inovações ousadas", como um clone de uma fonte feita de isopor e papel crepom. Confundir desenvolvimento e qualidade de vida com "progresso" parece ser uma psicopatia do poder público por aqui.

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  2. Vc tem toda razão Salete ! O Bairro Das Posses é mais desprezado olha a Represa Dr Jovino .Única coisa é uma Creche só!

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