//Ó Velha Negra// Droga de Identidade


 

Lucas Campos Patrício


Popularizada em 2023 no Brasil, a droga sintética K9, da família do entorpecente K (K2, K4 e K9), possui efeitos piores que o crack, segundo especialistas. "Nos primeiros dias de uso, ela destrói o fígado e os rins do usuário", afirma Cirilo Tissot, psiquiatra especialista em dependência química, mestre pela USP.

A comercialização de substâncias altamente viciantes é regularizada pelo governo. Segundo dados do Comex Stat, o mercado de bebidas alcoólicas brasileiras exportou US$ 193 milhões (R$ 937 milhões, nos valores atuais) em 2022.

O álcool, o tabaco e a maconha são produtos fundamentais para a economia e a maioria dos eventos sociais de Serra Negra acontecerem. 

A dependência química ocorre a partir de um primeiro contato do indivíduo com a substância, motivada pela combinação de dois fatores: 

- Círculo Social e Vulnerabilidade: fatores sociais cumulativos.

- Traumas: fatores emocionais, acumulados principalmente na primeira infância (0-5 anos de idade).

Todos os fatores se ligam diretamente à rejeição social e repressão familiar. Sendo impossível conter a opressão de amigos e pais, o oferecimento de auxílio psicológico e tratamento médico gratuito pela Prefeitura são as soluções viáveis para conter danos relacionados à saúde.

O abuso de substâncias químicas sinaliza o distanciamento do indivíduo de sua real personalidade. Socialmente aceito, este comportamento prejudica o desenvolvimento de sua identidade.

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Lucas Campos Patrício é arquiteto urbanista e empreendedor.

Contato: lucascampospatricio@gmail.com



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